Ronaldo Caiado afirmou que foi falar com o casal investigado ao saber da ordem de prisão
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado , afirmou que partiu dele a determinação para que o casal de investigados na “ Operação Integration ” deixassem o iate na Grécia onde aconteceu a festa de aniversário do cantor Gusttavo Lima, no início de setembro. A entrevista foi feita pelo O Globo. Nesta segunda-feira (23), o próprio cantor teve a prisão decretada em desdobramentos da mesma operação.
Caiado relatou que, ao tomar conhecimento de que José André Neto , dono da casa de apostas “Vai de Bet”, e sua esposa e sócia, Aislla Sabrina Rocha , eram alvos de mandado de prisão na operação que apura crimes relacionados a jogos de azar , ele mesmo informou o empresário e falou para deixarem a embarcação.
Todos estavam hospedados no iate avaliado em R$ 1 bilhão, alugado pelo cantor. “Eu disse a ele (José André Netoque a informação que recebi do meu secretário foi a de que havia sido decretada a prisão dele e de sua esposa. Daí falei: ‘Como tal, vocês não têm ambiente para ficar aqui’. Imediatamente, ele e a esposa desceram e nós seguimos a viagem por mais quatro dias” contou o governador ao Globo, afirmando que foi apoiado por Gusttavo Lima .
Mandado de prisão saiu durante viagem
O governador de Goiás disse que estava no avião particular que levou Gusttavo Lima e o casal investigado, além de outros convidados, para a Grécia, mas que não tinha conhecimento de que eles eram alvos de qualquer operação naquele momento.
“Não tenho que fazer um levantamento de todas as pessoas que estão no mesmo evento que eu. E também não sou homem de andar escondido em lugar nenhum do mundo. Fui com Gusttavo Lima para Grécia, porque eu estava de férias e sou amigo dele há muito tempo”, afirmou Caiado.
Ordem de prisão contra Gusttavo Lima
Ronaldo Caiado indagou a ordem de prisão contra o cantor e afirmou que a juíza “não teve responsabilidade” ao apontar que Gusttavo Lima poderia ter ajudado na fuga do casal. Segundo ele, na volta da viagem, “André e Aislla podem ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha”. O governador enfatizou que eles não estavam entre os passageiros da aeronave no percurso de retorno.
Ambos eram considerados foragidos até a noite de segunda-feira (23), quando o Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu pela substituição das prisões preventivas por medidas cautelares de todos os envolvidos na Operação Integration.
“Eu sei das minhas responsabilidades como governador. Eu não ia entrar em um avião para deixar um foragido em outro lugar. Nunca fui conivente com bandidagem. Nunca aceitei andar com quem tem prisão preventiva decretada”, disse Caiado. Ele afirmou que o avião parou nas Ilhas Canárias no retorno para Goiânia porque tinha gasto mais combustível do que o previsto.
“Eu gosto dessas coisas de aviação e questionei o piloto sobre o motivo da gente parar, sendo que o avião tem autonomia. Ele disse que tinha pego um vento de proa forte e gastou muito mais combustível. Aterrizamos lá, fizemos o abastecimento e chegamos em Goiânia”, finalizou.
FONTE: IG ÚLTIMO SEGUNDO FOTO: REPRODUÇÃO